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Projeto do CBH Macaé realiza a capacitação de professores para disseminar a Educação Ambiental nas salas de aula

Comitê nas Escolas é realizado em parceria com o Instituto Moleque Mateiro e terá a produção de e-book voltado aos profissionais da educação com a colaboração dos cursistas

O Projeto Comitê nas Escolas, realizado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras (CBH Macaé), em parceria com o Instituto Moleque Mateiro de Educação Ambiental, consiste em um curso de capacitação em Educação Ambiental para professores de escolas públicas e privadas da área de abrangência do Comitê Macaé.

‌O objetivo do projeto é promover capacitação para o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental em salas de aula, com destaque para o tema dos recursos hídricos.

Para que o projeto fosse elaborado, o instituto realizou o mapeamento das escolas públicas e particulares que integram a Região Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras (RH VIII). Após o mapeamento, foi realizado o contato com as secretarias de educação, para obter autorização e, a partir disso, entrar em contato com as escolas e visitá-las, objetivando a divulgação do curso.

“Temos um total de quatro turmas, sendo uma em Rio das Ostras, duas no município de Macaé e uma em Lumiar, Nova Friburgo. Desta forma estamos contemplando desde a parte alta da bacia do rio Macaé até a foz”, explica o professor Felipe Albino.

O curso de formação tem um total de 60 horas, com cinco encontros em plataforma online e cinco encontros presenciais, aos sábados, além de contar com visita técnica de campo à bacia do Rio Macaé. Cada participante tem direito a uma bolsa auxílio no valor de R$ 100 por encontro presencial.

‌Ainda de acordo com Felipe, os participantes poderão contribuir com a elaboração de um E-book, com propostas de temas a serem abordados para cada nível de formação e idade.

‌“As aulas presenciais trazem uma abordagem mais teórica, algumas vezes com professores convidados, especializados, referências no assunto. Outras vezes trabalhamos com dinâmicas de grupo, relacionadas aos temas trabalhados. Já nos momentos online, temos esse tempo destinado para a elaboração do texto-síntese. No final do projeto, vamos elaborar um e-book que tanto vai servir de apoio tanto para professores, como também será disponibilizado nas Secretarias de Educação”, concluiu o professor.

‌Para a professora de geografia do Colégio Municipal Botafogo, em Macaé, Ana Lúcia Teixeira, os encontros têm sido de muito aprendizado e as aulas são conduzidas com muita eficiência.

‌“A forma como o curso está estruturado e como é conduzido pelos professores do Moleque Mateiro deixam as aulas mais leves e nos lançam desafios e reflexões, que enriquecem nossa prática docente e cidadã. Todos os encontros são de muito aprendizado e os professores conduzem as aulas com muita eficiência. Os materiais disponíveis na plataforma são ótimos, a plataforma é de fácil acesso, sem mencionar que as falas dos convidados são enriquecedoras”, comentou Ana Lúcia.

‌De acordo com ela, seu local de trabalho está inserido em uma área que sofre muito com a dinâmica hídrica, por ter problemas de infraestrutura, um dos fatores que a fez se interessar pelo curso.

‌“Apesar de não morar em Macaé, trabalho no município há pouco mais de uma década, mas percebo as implicações do crescimento urbano e da crise climática na cidade. Percebo também que nossos alunos e a comunidade escolar como um todo, têm pouca informação e pouca mobilização a respeito de educação ambiental, e de que estão inseridos em uma importante região hidrográfica. Por isso, me interessei pelo curso. Confesso que fiquei em dúvida se realmente seria bom. Fui ao primeiro encontro com o pensamento de que não ficaria até o fim do horário e me vi saindo depois da hora”, relatou a professora.