Evento reúne especialistas para debater sobre temas relacionados à gestão das águas e promover a articulação com a saúde e a educação

O Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras (CBH Macaé Ostras) apoiou e participou nos dias 11 e 12 do primeiro Seminário Macaense “Águas, Educação, Saúde e Natureza”, realizado no auditório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé. Com uma programação de quatro dias, o evento proporcionou ao público um espaço para debater a interconexão entre saúde, educação e meio ambiente com foco na gestão hídrica, reforçando a importância de uma visão integrada para a conservação dos corpos hídricos.

Na sexta-feira (11) o diretor José Eduardo Carramenha (representante do Setor de usuários da água), ressaltou a relevância da atuação do Comitê na aplicação da Política Nacional de Recursos Hídricos, destacando o papel do Plano de Recursos Hídricos no processo.

“Em primeiro lugar, a gente queria agradecer a UFRJ, na pessoa do Professor Moisés, por ter nos convidado como participantes aqui. O Comitê acabou sendo um dos principais promotores deste evento, que trata das questões ligadas à água numa visão mais abrangente. Nosso papel como Comitê de Bacia é aplicar a Lei das Águas e garantir que o Plano de Bacia Hidrográfica seja efetivamente implementado, o que reforça a importância da nossa participação neste seminário”, afirmou Carramenha.

A Superintendente Adjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Renata Maranhão, também participou ativamente do primeiro dia do evento, trazendo uma perspectiva nacional sobre a gestão de recursos hídricos. Renata destacou a necessidade de uma abordagem integrada entre as políticas públicas para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.

“A ANA está apoiando essa iniciativa ao trazer uma discussão que integra água, meio ambiente, educação e saúde. Quando falamos de desrespeito à água, é preciso considerar o cenário atual de mudanças climáticas e de adaptação, onde a resiliência das cidades e a integração das políticas públicas são fundamentais para assegurar a disponibilidade hídrica. Precisamos fortalecer a Política Nacional de Recursos Hídricos, mas também conectar essa política às áreas de saúde, transporte, saneamento e meio ambiente”, enfatizou Renata Maranhão.

No sábado (12), a coordenadora adjunta da Câmara Técnica de Educação Ambiental, Comunicação e Mobilização Social (CTEACOM), Thayná Fernandes, palestrou sobre o tema “Macaé: desafios da convivência entre água e óleo”. Ela destacou a importância de ações voltadas para a educação ambiental, relacionando os impactos da indústria do petróleo com a escassez hídrica, a falta de saneamento e as mudanças climáticas. Em sua fala, enfatizou como essas questões afetam diretamente as comunidades periféricas, especialmente a vida de mulheres e crianças.

“Precisamos trabalhar cada vez mais na educação ambiental de jovens e crianças a de iniciativas locais, pois a educação é a base de tudo. E é através dela que a gente sensibiliza essas mulheres, jovens e crianças sobre a realidade do território delas e sobre a importância dos recursos hídricos para nossas vidas. Precisamos provocar essa mudança no comportamento da sociedade e só vamos conseguir com a formação desses jovens multiplicadores”, afirmou Thayná Fernandes.

A fala da coordenadora adjunta reforça o papel essencial da educação na mobilização social e no enfrentamento dos desafios ambientais que afetam diretamente a qualidade de vida nas comunidades de Macaé.

O seminário também contou com a presença de diversos especialistas e representantes de diferentes setores como: o Diretor Presidente do Instituto Escola Tiê-Sangue de Preservação, Conservação e Restauração da Mata Atlântica e ex-vice Presidente do CBH Macaé Ostras, Thièrs Wilberger, e a Conselheira do Conselho de Ambiente de Macaé, Bernadete Vasconcellos.

Acesse a programação completa e mais informações do evento através do link: https://www.even3.com.br/seminariomacaenseaguas